Contra o Consenso: Dúvida no ar
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mardi, février 15, 2005

 

Dúvida no ar

Tá, reconheço, o serviço na CPTM está bem melhor que antigamente. Não há mais tanta espera para se pegar as composições(Antigamente costumava ser pior) e inclusive em Francisco Morato o trem para Jundiaí está mais sintonizado com as composições que vêm da Luz.

Mas porque diabos ano passado os tucanos falavam tanto em integrar o bilhete único com o metrô(E consequentemente os trens da CPTM)? Qualquer um que faça as continhas vai perceber como que é dificil fechar e que ninguém saberia quem iria pagar pela brincadeira. Como, aliás, um estudo do estado descobriria(Claro, depois das eleições).

No metrô, bem, o Estado de São Paulo, que é bastante favorável aos tucanos publicou um artigo com chamada na com as queixas em relação ao serviço, coisa que não estava se acostumado. Cada vez mais as pessoas tem reclamado de super-lotação. Dentro do chamado Centro Expandido da cidade só tivemos duas estações inauguradas em doze anos: Sumaré e Vila Madalena. Itaim, Santo Amaro, Lapa, e outros bairros que recebem trabalhadores continuam sem acesso direto ao centro. O metrô precisa urgente de obras e de uma infra-estrutura boa na rede existente(Banheiros por exemplo).

Eu, que simplesmente adoro trem e trilhos. Viajo para cidadezinhas só para tirar foto de trem e estação, prefereria andar dois, três quilômetros para ir de metrô/trem ao invés de viajar diretamente de ônibus. Mas recentemente acabei preferindo fazer trajetos que antes certamente fazia de metrô(Avenida Paulista-Tietê) de ônibus. Péssimo sinal.

A CPTM, formada dos resquícios da CBTU e do serviço de subúrbios da FEPASA ainda tem problemas gigantescos. Não há banquinhos em Presidente Altino e Francisco Morato, estações de transferência. O usuário fica em pé por periodos que as vezes são de vinte, trinta minutos. Boa parte da malha trabalha com composições antigas e nada confortáveis, muitos lugares não tem passarelas, outras partes da linha exigem retificações, cercas(Já que é comum gente andando junto da linha), os ambulantes e mendigos teimam em aparecer. Na Lapa, não existem baldeação direta entre as estações da linha de Itapevi e a que vai para Francisco Morato, apesar das linhas andarem juntas nessa região. Temos duas estações, distantes 600 metros uma da outra, mas sem integração. Para se ir de Pinheiros a Pirituba é preciso ir até Presidente Altino, de lá ir até a Barra Funda e voltar. É muita volta para um trajeto curto. A linha B, de Itapevi, ainda não vai até a Luz, e nada de integração centro ainda. E eu não falei ainda da necessidade cada vez maior de se ligar por trem expresso a capital a cidades como Jundiaí, Campinas, Sorocaba e São José dos Campos.

Claro, até que o Estado tem tentado ser razoável com os problemas que herdou nesse sistema. Mas não seria melhor trabalhar em cima deles do que prometer o impossível?