Abaixo eu fiz a relação das vinte e cinco maiores cidades do Estado de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro e algumas das grandes comunidades do Orkut. A coisa é meio assustadora porque muita comunidade é maior que muita cidade.

A maior comunidade do Orkut por exemplo(Odeio
acordar cedo) logo, logo irá superar o número de habitantes de
Sorocaba e Ribeirão Preto. Atualmente eles tem ais ou menos o
*dobro* de habitantes que Limeira e Taubaté e metade dos habitantes de Campinas... Seria a nona maior cidade do Estado se fosse uma cidade, com mais habitantes que Santos, a maior cidade do litoral.

Uma cidade como Atibaia, Ourinhos ou Assis tem uma média de uns cem
mil habitantes, o que perfaz uma cidade média, o que é a média de
muita comunidade.

Vinte e cinco maiores cidades do Estado de São Paulo

1 São Paulo 10,041,500
2 Guarulhos 1,135,500
3 Campinas 990,100
4 São Bernardo do Campo 732,200
5 Osasco 678,600
6 Santo André 659,300
7 São José dos Campos 562,200
8 Ribeirão Preto 525,500
9 Sorocaba 521,500
10 Santos 415,900
11 Mauá 384,500
12 Diadema 373,000
13 Carapicuíba 363,400
14 São José do Rio Preto 359,600
15 Piracicaba 332,400
16 Bauru 327,100
17 Moji das Cruzes 318,200
18 São Vicente 314,200
19 Jundiaí 310,000
20 Itaquaquecetuba 306,200
21 Franca 298,700
22 Guarujá 281,500
23 Limeira 250,500
24 Suzano 242,300
25 Taubaté 240,600

Algumas das maiores comunidades do Orkut

Eu Odeio Acordar Cedo
(502.217 members)
A gente se fode mas se diverte
(318.619 members)
Cala a boca...e beija logo!
(252.205 members)
Meu Orkut não sabe contar!!!
(225790 members)
Tocava Campainha e Corria
(206.681 members)
FODA-SE
(161.294 members)
Äs baixinhas são as melhores
(160297 members)
Beijo
(152427 members)
Eu AMO Batata Frita
(124910 members)
Eu ODEIO cigarro
(124.073 members)
Elas perguntam, ELES RESPONDEM
(123227 members)
Eu amo Chocolate!
(118300 members)
A Fila Anda....
(113540 members)
Eles perguntam, ELAS RESPONDEM
110344 members)
Ou me pega de jeito ou ñ pega
(100959 members)
EU CONVERSO COM O MEU CACHORRO
(100839 members)
EU TENHO MEDO DO PLANTÃO
(95.532 members)

Então, o tamanho com que a brincadeira se tornou é impressionante. Eu pessoalmente acho que com tanta gente fica meio díficil de se estabelecer parâmetros certos de convivência.

Note as semelhanças entre as capas acima. A primeira é da revista inglesa The Economist, de cinco de março. A outra é a capa da Veja DESTA semana, o que dá uma diferença de três meses entre capas absurdamente iguais sobre temas absurdamente iguais(Tá, a foto da The Economist é muito mais bonita).

A tese de "democracia no mundo árabe" é antiga, e já foi inclusive exaustivamente rebatida por muitos libertários e progressistas mundo afora(Até eu já falei disso aqui).

Ontem um maquinista da MRS morreu quando uma composição de açucar se acidentou em Valinhos, caindo num córrego.

O trecho entre Boa Vista e Jundiaí da antiga FEPASA foi totalmente abandonado pela concessionária Ferroban(A sucessora da FEPASA), que utilizava a variante Boa Vista-Guaianã para pegar a Mairinque-Santos e não precisar pagar pelo uso da via da MRS(Sucessora da RFFSA na malha sudeste) nem passar pela grande São Paulo. O mato cobre boa parte da linha. os dormentes estão podres, que era claramente insegura, como a maior parte da malha administrada pela Ferroban(Que só se preocupava mesmo com o corredor Santa Fé do Sul-Araraquara-Boa Vista-Mairinque-Santos) para exportar soja pela Ferronorte, abandonando boa parte do resto da via da FEPASA.

O custo da vida deste maquinista é decorrência da falta de responsabilidade e da incompetência da concessionária Ferroban em fazer a manutenção da linha(em todo o trecho administrado por ela acidentes são comuns), pelos burocratas de Brasília que são incapazes de fiscalizar a situação(A Ferroban já deveria ter perdido a concessão há anos) e pelos responsáveis pela privatização mal-feita da FEPASA(Que deveria ter sido dividida e reestruturada antes desta).

P.S: A morte também do ajudante do maquinista foi confirmada.

A grande diferença entre o Partido Republicano e o Partido Democrata nos EUA não é ideologia, não é tamanho do estado, são as suas bases de apoio. Quem paga pela campanha dos republicanos é basicamente a indústria pesada, a agricultura, a indústria petrolífera, a de armamentos, além da base fundamentalista cristã do sul(que os faz apoiar Israel). É uma indústria que não exige muitos investimentos em educação para ter mão de obra qualificada, não gosta de pagar encargos trabalhistas nem impostos e tem pavor de regulamentações ambientais. As bases de apoio dos democratas são os sindicatos, a indústria de filmes, as empresas de tecnologia. São empresas que exigem maior quantidade de gente qualificada, portanto de investimentos em educação, não quer regulamentações de classificações etárias para filmes. São muito ligados à comunidade judaica(Que os faz apoiar Israel também).

Bush seguiu a risca a cartilha. Não assinou o Protocolo de Kyoto, tem jogada regulamentações ambientais no lixo(Para agradar a indústria petrolífera), lançou-se em duas guerras para agradar a indústria armamentista, só faz retórica aos subsídios agrícolas, lançou uma série de subsídios e medidas protecionistas para favorecer os produtores de laranja da Flórida e os produtores de aço.

No Brasil não muda muito. O PT é ligado umbilicalmente com sindicatos e outros movimentos semelhantes(como ficou claro com a questão do Conselho Federal de Jornalismo, algo feito na mão para agradar os sindicatos de jornalistas, ou mesmo a condução da marca utilizada para promover o país no exterior, supervisionada pela Associação de Designers Gráficos), o PSDB e parte do PFL é ligado com as indústrias pesadas que surgiriam e cresceriam com as privatizações(Em especial empreiteiras como a Tejofram e concessionárias de rodovias). Mas em tese qualquer empresário brasileiro de porte sabe-se dar bem com quer que esteja no poder.

Partido que se interesse por ideologia, bem estar comum, pelo bem da nação? Só aquele formado pela Fada dos Dentes, pelo Papai Noel e pelo coelhinho da Páscoa.

Uma das principais partes do jornal é a manchete. A primeira página de um jornal narrando um fato histórico importante sempre é algo marcante, é por ela que os jornais atraem a atenção dos leitores na rua.

De tempos em tempos, não se têm visto a manchete da Folha de São Paulo. Se tem visto um anúncio tampando metade da primeira página. Se um jornal topa ceder a parte mais valiosa para um anunciante, é sinal claro do óbvio: os jornais ligam mais para a opinião dos anunciantes que do leitor e não hesitam em alterar sua linha editoral para agradá-los(Nenhum jornal criticou os bingos por ocasião do escândalo Waldomiro, justamente por quê estes são grandes anunciantes).

O leitor paga caro por um panfleto de propaganda.

* Os Estados americanos aonde a regulamentação contra a eutanásia(Ou seja, o direito do próprio indíviduo acabar com a sua própria vida quando esta se torna incômoda) é mais forte e aonde o direito garantido por uma decisão da Suprema Federal ao aborto é mais dificultado(Ou seja, o direito da mãe sobre a vida do seu feto) são justamente aqueles que mais se valem da pena de morte(Ou seja, o direito do Estado de decidir pela morte dos cidadãos).

* O mesmo Congresso americano que passou uma lei para salvar a vida de Terri Schiavo, que vivia como uma vegetal, passando pelos trâmites estaduais, aprovou uma guerra que causaria a morte de 1,5 mil americanos e dezenas de milhares de iraquianos.

* José Serra, que usou o fato do preço da passagem de ônibus na maior cidade do país ser uma das mais altas do país em 2002, num debate para a presidência, seria a pessoa que iria reajustar a mesma passagem em 2005.

Todo mundo é liberal na hora de pagar imposto, mas socialista na hora de cobrar benefícios do Estado.

***

Eu sempre achei que Geraldo Alckmin sabia jogar bem para o público conservador de São Paulo. Mas é curioso que agora eu tenho visto cada vez mais pessoas de cunho mais conservador e autoritário criticando ferozmente o governador paulista. Ele já não é nada popular entre a ala mais "socialista" e inclinada a votar no PT.

Será que isso significa algo para 2006?

***

Por quê o povo que se diz liberal gosta tanto do Roberto Campos(Aquele da ditadura militar, a coisa mais próxima do socialismo que o país já teve) e do George Walker Bush do Patriotic Act, da invasão do Iraque, do déficit monstruoso nas contas públicas, dos subsídios do aço e outras indústrias claramente ineficientes dentro dos EUA?

Um negócio que tem ganhado muita força no Brasil recentemente é a Indústria do Desemprego. São as firmas e empresas que vivem exclusivamente de tentar vender um pouco de esperança a toda massa de desempregados que vive pelo país. Elas oferecem cursos de qualificação profissional, fazem recolocação, cursinhos para os famigerados concursos públicos. Duma certa forma é amendrontador ver como algo tão cruel e ruim como o desemprego sendo transformado numa forma de se ganhar dinheiro.

Com relação aos cursos, até que tenho que admitir que eles foram espertos, uma vez que eu mesmo previ o fim dos cursos de informática com a popularização do uso dos computadores. Mas a maioria dos cursos não oferece o uso de softwares mais complexos, que exigem técnicos caros para lecionar. Eles estão vendendo a idéia de que um curso merreca de inglês ou de digitação seriam de grande valia na hora de procurar emprego, o que nem sempre está próximo da realidade.

Existem as empresas de recolocação profissional, muitas conhecídissimas por praticamente extorquir fortunas de um desempregado, e claro, as firmas que vivem em torno dos concursos. Vendem apostilas, jornais, e claro, cursinhos para quem quer ser funcionário público.

Como os cursinhos pré-vestibulares, essa Indústria a rigor não gera nenhum benefício ao país e ainda é custosa a justamente a uma fatia enorme e desesperançosa de da população.

Talvez esse seja um dos melhores retratos da situação atual do Brasil.

Sou contra o voto nulo, contra o voto obrigatório(Que permite que demagogos cheguem ao poder com os votos de uma população desinformada e desinteressada) e não acho que nenhum partido tem moral para conseguir impôr mudanças positivas à população. Mudanças positivas só acredito partindo da população civil, não de partido algum.

Eleição se escolhe o menos pior. E pobre de quem acreditar diferente.

Faz um três anos que não passo além de Queluz para avaliar a gestão da governadora fluminense Rosinha Garotinho e o prefeito César Maia. Mas pelo que tem chegado aqui eu só vejo os dois - César e Rosinha- reclamando do governo federal, que ninguém dá atenção ao Rio, enquanto eu, mesmo morando como paulista, sei de um monte de erros dentro da esfera dos dois. Campos dos Goitacazes e Macaé tem acessos péssimos por uma esburacada BR-101, o metrò do Rio cobre uma área minuscula da cidade, não existem terminais de integração de ônibus(Coisa que até cidade no interior têm) . A Rodoviária Novo Rio é definitivamente vergonhosa. Isso não é coisa do Lula.

Tanto César quanto os Garotinhos foram eleitos no primeiro turno(Pior, tem dominado a política na cidade e no estado há mais de dez anos!), o que é feito considerável pelas dimensões da cidade e do estado, e em especial pelas diferenças que existem em ambos. A impressão minha é que os dois usam o discurso velho de que Lula(Ou seja lá quem esteja no Planalto) ignora o Rio para poder se blindar das críticas, além de um certo bairrismo contra os paulistas. Pela facilidade que ambos vencem as eleições isso tem dado resultado.

A população poderia cobrar de Rosinha uma auto-estrada que interligasse o Rio a Campos, atraindo indústrias para o norte fluminense e melhorando o escoamento da produção do Estado para o Nordeste. A população poderia cobrar de Cesar Maia melhores soluções dentro do transporte coletivo e cobrar de ambos uma nova estação rodoviária, que diabos, é o cartão de visitas da cidade.

Mas, claro, é mais fácil colocar a culpa no governo federal ou nos paulistas. Todo mundo fala mal de Lula, todo mundo fala dos paulistas que eles se esquecem de falar mal do lindo prefeito e da graciosa governadora que eles têm.

Descobriram o grande vilão da educação brasileira. Não é a super-lotação das salas nem as políticas assistencialistas que ocupam boa parte das aulas com festinhas cafonas. São as lanhouses e cybercafés, estabelecimentos que oferecem acesso a jogos e internt por preços módicos.

Em muitas cidades se tem exigido que as lanhouses exijam autorizações dos pais de menores, em outros lugares o juizado simplesmente proíbe em qualquer situação que o menor fique além de determinado horário na loja. A obrigação dessas instituições governamentais é coibir trabalho infantil, crianças que são violentadas, não adolescentes de classe média jogando.

Isso faz com que muitas lojas tenham que oferecer promoções com troca de horas grátis por notas no boletim, como se fosse um negócio imoral ou criminoso. Lan-houses, até por serem um negócio recente são muitas vezes mal-administradas, mas são uma facilidade inegável para pessoas de toda idade, tanto para trabalhos como para pesquisas(Em muitas lojas a maior parte dos usuários já são maiores de idade). Podem ser uma forma de inclusão digital e até um refúgio para quem fica esperando os ônibus saírem da garagem de madrugada. E são sobretudo um negócio honesto.

Se a criança quiser matar aula, certamente ela irá preferir algo mais barato ou mesmo gratuito para fazer. Toda escola tem controle de faltas, a mãe corre o risco de ser chamada ao Conselho Tutelar. E esta é uma responsabilidade da família, não do Estado. Não são as lanhouses que ameaçam o sistema de ensino brasileiro.

Informes que chegam a redação dão conta que um longo trecho ferroviário entre Bauru e Panorama, englobando quase quatrocentos quilômetros de uma linha relativamente moderna da antiga Cia Paulista de Estradas de Ferro, que atravessa todo o oeste paulista e liga a fronteira do Mato Grosso e o Rio Paraná ao porto de Santos está abandonada pela concessionária Brasil Ferrovias nas barbas da ANTT.

Ela foi inclusive considerada para servir de base à Ferronorte e poderia transportar soja para o porto de Santos através de terminais intermodais com balsas. Pode ficar inoperável em alguns anos.

Depois vão surgir aqueles artigos falando de sei lá o quê de entraves logísticos na hora de exportar..

A onda agora são os comentáristas, em especial da Europa, especularem se Bush estaria certo ao invadir o Iraque, com uma suposta onda de democracia assolando o Oriente Média. Nada mais falso.

Em primeiro lugar, a tal onda de democracia é falsa. A Arábia Saudita precisaria inicialmente respeitar os direitos civis fundamentais antes de qualquer coisa para se falar em democracia, a retirada da Síria do Líbano não quer dizer tanta coisa assim nem a eleição de um governo que certamente não tem respaldo popular e muito menos será capaz de controlar o Iraque.

Em segundo lugar, mesmo que todo o Oriente Médio e todo norte da África estivessem realizando eleições, com sistema judiciário estabelecido e estado de direito sabe-se lá se isso compensaria o custo das dezenas de milhares de vidas de civis iraquianos, as mais de mil mortes de soldados americanos e as centenas de bilhões de dólares gastos dos suados impostos do contribuinte.

Terceiro, a democracia verdadeira não é uma concessão, é uma conquista popular. A quem cabe lutar por ela são os árabes, como os iranianos já estão fazendo. Interferências militares só ajudam a legitimar regimes atrozes.

Claro, há a piadinha de que se a invasão americana ao Iraque está trazendo democracia ao Oriente Médio alguém deveria invadir o México ou o Canadá para trazê-la aos Estados Unidos...

Um recado para os defensores do Estado da Guanabara: a cidade de São Paulo não tem praticamente nenhuma indústria de grande porte na cidade. A maioria das industrias fica no ABC, no entorno da capital e principalmente no interior. Não esperem que uma cidade de três milhões de habitantes como o Rio de Janeiro seja uma cidade industrial. O Rio é uma cidade de serviços e de turismo, que deveria investir em infra-estrutura urbana para atrair os turistas que vão ao nordeste e o turismo de negócios e as empresas de serviços que vão para São Paulo se quiser se desenvolver. Além de claro, administrar e sediar as indústrias e empresas de agronegócio no interior do estado.

Quem tem vocação industrial é Resende, Campos dos Goitacazes e Macaé. O Rio de Janeiro não.

Por quê o povo que se diz liberal gosta tanto do Ronald Reagan? Ele invadiu Granada, bombardeiou a Líbia(Ato que custaria duas centenas de vidas americanas com a retaliação dos líbios em Lockerbie), apoiou Suharto, Saddam Hussein e os contras da Nicarágua(A custa de armas que eram vendidas para Khoeimini), entre outras figurinhas nada liberais.

Tá, ele cortou impostos e benefícios sociais, mas fez um déficit violento que seria uma das causas daquela recessão que assolaria os Estados Unidos no final dos anos 88(E que fez os japoneses darem risada da cara dos americanos). Dizem que ele que derrotou o comunismo, isso porque ele teria gasto bilhões de dólares dos impostos do contribuinte com o programa Guerra das Estrelas, que teria feito a URSS gastar ainda mais do suado dinheiro do trabalho dos soviéticos em defesa.

Fala sério.

(E quem derrotou o comunismo foi a determinação e a boa vontade dos povos que viviam dentro da URSS e do Pacto de Varsóvia, não um ator medíocre que era um político ainda mais medícre).

Ou desde de novembro passado para cá se vê muito mais mendigo e criança de rua do que se via antes na capital paulista? Outro dia, em Higienopólis, um dos bairros mais caros de São Paulo, de noite, criança vendendo doce. De madrugada, antes se via criança cheirando cola na entrada da estação Anhangabaú do metrô. A região da Paulista nem se fala. Tem mendigo usando o gerador da passarela no Hospital das Clínicas para secar roupa. Não tenho frequentado a Sé, mas tem jornal falando em mendigo lá.

É impressão minha ou isso tomou força após as eleições?

A maioria dos estados árabes carece de legitimidade política. Soldados e uma polícia secreta atroz mantem seus regimes no poder. Uma vez que o apoio americano a essas oligarquias enfraquece, a oposição reaparece à tona.

Depois que Washignton começou a demonstrar dúvidas sobre o antigo aliado dos EUA, o xá da Pérsia, a revolução ocorreria a seguir. O mesmo processo está ocorrendo agora na Arábia Saudita.

A administração Bush está certa. Os árabes precisam de democracia. Mas ele está se comportando como um elefante numa loja de porcelanas e está seguindo políticas contraditórias. Bush quer regimes mais populares, menos ditatoriais, ao passo que somente se servirem aos interesses estratégicos americanos.

ERIC MARGOLIS, na análise exata no Toronto Sun.

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Norman Solomon relata que o Moveon, talvez o grupo de oposição a Bush mais conhecido mundo afora estaria deixando de lutar contra a invasão ao Iraque.

Triste.

Segundo colegas meus que trabalharam na FEBEM Raposo Tavares a coisa lá nunca mudou de fato. Haveriam agressões contra internos e o ambiente era claramente punitivo, continuando a mesma coisa de sempre, ao contrário do que o governo pregava. Os internos ficariam simplesmente enfurnados, com o estudo em segundo plano e sem trabalhar. O governo anunciou a demissão de todos os funcionários da instituição o que me parecia um caminho, mas agora rebeliões e fugas estão ocorrendo em ritmo quase que diário, principalmente nas unidades mais barra pesada(Vila Maria, Tatuapé e Franco da Rocha).

Isso representa um baque para o governo Geraldo Alckmin, que tenta capitalizar em torno da segurança(Ele tem colocado viaturas da PM por todo canto, criando praticamente um estado policial, mas que não tem conseguido coibir os crimes e muito menos apurá-los). Isso abre espaço para que tanto a turma da "Rota na rua e foda-se os direitos humanos" quanto o pessoal mais ligado a questões sociais reclame.

A política de segurança de Geraldo Alckmin reúne o pior dos mundos. Ela não respeita o direito dos indíviduos(Noticias de esquadrões da morte com policiais é comum) e não garante a segurança dos cidadãos, com direito a arrastões em edifícios.

Ironia é extraordinária: 140 mil soldados americanos ocupam o Iraque - e nós devemos deixar as forças de ocupação israelenses nos territórios palestinos fora desta equação - enquanto seu presidente exige a retirada de 14 mil soldados sírios do Líbano.

Democracia de verdade!


Robert Fisk, correspondente no Oriente Médio do The Independent.

A ação mais gigantesca e arbitrária que o Estado faz não é a Previdência Social, o Sistema de Saúde nem gastos com Segurança Social. A guerra é a ação a longo prazo mais custosa para os cidadãos de determinado país. Ela retira da economia uma mão de obra jovem e muitas vezes capacitada(A participação americana na Segunda Guerra Mundial exigiu que as mulheres fossem trabalhar nas fábricas), tira filhos do seu lares, é custosa ao bolso dos pagadores de imposto(Uma bomba nuclear custa o preço de uma linha de metrô inteira!), exige um grau imenso de interferência estatal no dia a dia dos seus cidadãos(Que as vezes chegam a ser vistos como agentes estrangeiros ou traidores)chega a exigir o racionamento de bens e alimentos por parte dos cidadãos. Iaao para a nação agressora. Uma nação agredida pode levar vários séculos para se recuperar- a Alemanha pós-Guerra dos Trintas Anos ou o Líbano pós-invasão israelense que o diga.

Os grandes defensores da invasão anglo-americana no Brasil foram justamente... os supostos liberais "de direita" que gostam de citar Hayek e Friedman e vivem reclamando do Estado e sua interferência nas vidas dos cidadãos. Uma invasão que poderá custar a assustadora soma de mais de cem bilhões de dólares do contribuinte americano e que está representando uma violação horrenda de direitos aos iraquianos. Que não a toa foi atacada por grande parte dos liberais-conservadores americanos.

Então, o Estado usar impostos para a previdência social não pode, mas para invadir países alheios pode? Fala sério. Não a toa que Ortega y Gasset, um dos ídolos da direita brasileira, dizia justamente que ser de esquerda e ser de direita eram duas formas de um homem ser imbecil.

Americanos criam Osamas em seu próprio quintal
Racistas veneram Hitler e são tão ou mais perigosos que a Al Qaeda

É o título de um artigo de Nicholas D. Kristof para o New York Times. Não fui ler ao original porque isso é algo que eu dedico a autores sérios, coisa que Kristof definitivamente não é.

Claro, o FBI comete um ato perigoso e racista ao ser rigoroso com árabes e complacente com americanos brancos. Claro, militantes racistas como os descritos por Kristof são perigosos e em grande parte deveriam estar presos. Mas aí compará-los com a Al Qaeda, que ja teria matado milhares de pessoas mundo afora(Não só no Onze de Setembro, mas nos atentados às embaixadas americanas na Africa em 1998, entre vários outros), que teriam ligações com várias organizações e que teriam inclusive tentado explodir uma bomba-suja(Uma mistura de explosivos convencionais com isotópos radioativos) bem na área central de Washington é histeria.

E das bravas. Não a toa que um dos poucos comuns entre os progressistas e conservadores de todos os tipos nos EUA é falar mal do jornal.

1-) Não comentarei nada sobre a questão dos defensores de animais e a nova novela da Globo sobre rodeios uma vez que tudo que eu pensava sobre o assunto foi traduzido com perfeição pelo Rafael Galvão.

2-) Este blog ficará restrito a comentários políticos e mais chatos sobre assuntos diversos. Assuntos culturais agora fazem parte daqui, talvez o Segundo Caderno deste site.

A expansão da economia paulista para a cidades do interior, como Sorocaba, Campinas e São José dos Campos, inclusive com pessoas trabalhando na capital e morando nessas cidades no interior abriria a possibilidade de se utilizar um transporte ferroviário expresso dentro do estado. Por mais que o TGV seja proibitivo para São Paulo, um trem a cerca de 150 km por hora seria plenamente possível(Numa variante nova foi a velocidade imprimida por uma locomotiva V-8 de 1950 da antiga Cia Paulista de Estradas de Ferro). Isso permitiria que o trajeto entre São Paulo e Campinas fosse feito em quarenta minutos. Isso faria com que muitos trocassem o carro pelo trem(E consequentemente pelo metrô/ônibus/táxi para se locomover dentro da cidade), desafogando o tráfego tanto nas rodovias quanto nas ruas da capital.

Qual a solução escolhida? Uma rodovia em nível zero, cortando todas as principais serras e mananciais da capital, num trajeto de 170 km e que muitos estudos sérios provam ter pouco valor nos congestionamentos, que pode custar algo entre sete, vinte bilhões de reais.

Um canadense foi preso por ter importado quadinhos eróticos com temas de pornografia infantil. Se um sujeito compra material com fotografias de crianças em poses de sexo é justíssimo que ele seja preso uma vez que ele financia e incentiva violações inonimáveis, mas que a polícia invada uma casa e apreenda DESENHOS comprados de forma honesta é uma ação injustificável, por mais imorais que as situações mostradas neles sejam. É um julgamento moral por parte do Estado, o que é injustificável.

Sendo que desenhos eróticos com adolescentes e pré-adolescentes é muito comum no meio, já que representações de personagens com dez, treze anos de idade de desenhos animados é bastante recorrente no chamado hentai japonês.

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O revisionista do Holocausto Ernst Zundel foi extraditado do Canadá para a Alemanha, após ter passado dois anos na cadeia. Eu não sou fã do cara, que tem pensamentos um tanto quanto racistas, autoritários, é simpatizante do nazismo e ainda não é lá aquele intelectual(Foi incapaz de citar documentos e citações de historiadores, inclusive de israelenses, que provavam de que os sionistas teriam tentado se aliar com os nazistas na segunda Guerra, no "debate" com Nikzor), mas acho que é algo orweliano, para se dizer o mínimo, prender alguém por negar um fato histórico. Não é papel do estado(E muito menos instituições como o ADL e o B´nai B´rith) fazer julgamentos morais dos cidadãos.

Mesmo por quê a liberdade de expressão merece mártires melhores.

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A Polícia Federal quer investigar sobre os autores de um jogo online cujo o objetivo seria o de matar políticos do Distrito Federal. Segundo os senadores Paulo Octavio e Cristovam Buarque o jogo seria "terrorista", incentivando a "violência".

Tal investigação é um acinte contra a liberdade de expressão, e deve ser repudiada de forma incisiva. Além do mais, fico feliz do tráfico de animais silvestres, de armas e de drogas ter sido erradicado a ponto da Polícia Federal poder se interessar por isso e por rinhas de galo...

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Por fim, parabéns ao cantor Pedro Netto, que se recusou a retirar seu site contra o pseudo-apresentador Gugu do ar mesmo quando notificado pelos advogados do dito.

É exatamente isso que o Brasil precisa. Gente corajosa, que não tem papas na língua nem medinho de advogado.

P>S: A Legislação brasileira no tocante a calúnia e difamação precisa ser revista, uma vez que é claramente anti-liberdade de expressão e injusta, uma vez que protege somente aqueles que tem assistência jurídica à sua disposição.

José Aristodemo Pinotti, o secretário da educação da cidade de São Paulo quer que a FIESP assuma as atividades culturais dos CEUs. Estranho isso, já que os empresários entregam um naco consistente do que ganham com impostos e o projeto cultural mais abrangente da cidade, os SESCs, são mantidos pelos comerciantes da cidade.

Também nos leva a pensar sobre a política cultural dos tucanos. Fale-se mal sobre vários aspectos de Marta Suplicy, mas acho bastante válido implementar políticas culturais e esportivas na periferia da cidade. Considero o único ponto falho o ponto de se misturar educação com essas políticas, o que atrapalharia a ambos. Mas daí leva-se a pensar sobre qual a política cultural que os tucanos têm.

A primeira coisa que Cláudia Costin, secretária estadual da Cultura fez ao assumir foi fechar o MAG, o Museu de Artes Gráficas, argumentando entre outras atrocidades que não O museu não tinha interesse para o público, só para um grupo pequeno de desenhistas e não tinha estofo artístico e cultural, numa decisão que teve que ser revertida devido à pressão popular. Um tanto quanto absurdo uma secretária desse porte ter um olhar tão elitista com relação a artes tão populares quanto as artes gráficas.

Mais da metade do orçamento da secretaria estadual de Cultura são gastos com a Sala São Paulo. O horário dos concertos é restritivo para quem mora nos bairros mais distantes(Outras cidades ou interior nem se fala). O sistema de assinaturas, uma das coisas mais restritivas que eu conheço em termos culturais, restringe os concertos a uma pequena parcela da população que pode comprar ingressos em massa(Os ingressos acabam um mês antes dos concertos porque a maior parte da lotação é esgotada com os assinantes. Sendo que nem todos comparecem a todas as apresentações). Não a toa que as séries das assinaturas tem nomes de madeiras de lei, como mogno e imbuia. Pergunte aos fãs de música erudita de São Paulo se eles assistem aos concertos da sala São Paulo(Eu mesmo, setiver comparecido umas seis vezes na vida é muito).

Deixa eu ver se eu entendi: tudo bem o Estado gastar uma fortuna com media dúzia de ricaços na Sala São Paulo, mas não com pobres na periferia?

PS: A relação da prefeitura com o rodízio, que eles não sabem se aumentam a sua área de abrangência para a cidade inteira ou ainda se o diminui de forma drástica para as grandes avenidas(Que seria a medida mais idiota possível para a questão, uma vez que ruas predominantemente residenciais ficariam repletas de carros), é tão imbecil que nem merece ser comentada.

Um papo que tem rolado entre certos círculos pseudo-conservadores é dos "eurabians", de que os europeus perderiam sua identidade com a imigração árabe dentro do continente. Pessoalmente, acho isso a maior bobagem que alguém poderia inventar.

Os "eurabians" são coisa antiga. Quando os mouros invadiram a península ibérica e atacaram boa parte do mediterrâneo, muitos deles acabariam se incorporando a população local ou mesmo casando-se com europeus(A história do Otelo do Shakespeare não era lá algo tão inusual na época). Por isso que muitos italianos, portugueses e espanhóis tem fisionomias bastantes próximas do árabe em geral. Indicios indicariam que Leonardo da Vinci teria sido ancestrais árabes, sabe-se bem que o principal discípulo de Velásquez era mouro, John Ruskin cita os sarracenos como os chefes de obras na construção das grandes obras de Veneza. Não a toa, os países que mais se destacaram na Renascença e nas Grandes Navegações eram países que tinham tido grande presença de árabes na formação de suas populações.

Os europeus tem perdido muitas empresas justamente porque é muito mais barato e prático abrir uma firma na Malásia ou no México que na Itália ou na França. Sabe-se que os imigrantes movimentam a economia, fazem trabalho braçal a baixo custo(Possibilitando que o engenheiro trabalhe), abrem empresas. Não a toa, a Flórida e a Califórnia, que recebem boa parte dos imigrantes hispânicos tem tido excelentes ritmos de crescimento enquanto outros estados que não são tão acolhedores com eles tem tido sofrido com estagnação econômica, uma vez que as indústrias tem se mudado para países com menor custo de mão de obra. Eu pessoalmente acho que aqueles que reclamam dos árabes deveriam fazer o trabalho que estes fazem, como construir pontes ou prédios. É o que eu acho dos paulistas que reclamam dos nordestinos.

Por fim, esse negócio de preservar identidade cultural é besteira - identidades culturais são coisas mutáveis. Hoje, celtas, fenicios e romanos não existem mais. Justamente por quê a troca de informações e cultura e as imigrações fazem com que as etnias e identidades vivam um permanente processo de mudança.

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Outra idéia absurdamente idiota da direita brasileira são indíviduos que compram o Alcorão para provar que o livro incitaria ao ódio contra os cristãos. Ô, meu santo: e desde de quando a Bíblia da morte dos primogênitos é um livro de "paz"?

O governo do Estado do Rio de Janeiro está fazendo propaganda sobre o crescimento do PIB estadual ter sido dez porcento acima da média nacional, convidando os empresários a se instalarem no estado(Eu acho isso pouco considerando a alta do preço do petróleo, mas que seja).

Eu não tenho nada contra o Estado, adoro o Rio. Mas não seria o caso de antes investir em algumas obrinhas de infra-estrutura? O acesso ao norte do Estado(Macaé, campos dos Goyatacazes) é dos mais precários, assim como do litoral sul(Angra dos Reis). Afinal, isso conta (e muito) para quem abrir uma empresa...

P.S: A Rodoviária da capital nem se fala. Isso é o que eles querem apresentar a quem vêm dos outros estados?

O sistema de transportes intermunicipais no Brasil é algo que deveria ser mudado totalmente. Atualmente, as empresas detém concessões pelo governo e somente quem tem pode transportar passageiros regularmente. Muitas não alvo de um sem número de reclamações e não são impelidas a melhorar por deterem o monopólio de muitas rotas. Se algum sujeito pegar uma van e transportar esses passageiros, correrá o sério risco de ter seu meio de trabalho ganho com muito suor apreendido e sofrer processo.

Das duas uma: ou o Estado assume sua função social(Garantida pela Constituição Federal) do direito ao transporte, fiscalizando e multando pesadamente essas empresas, inclusive com investimentos em outros modais menos lucrativos(Trem) ou deixa o mercado agir, permitindo que qualquer pessoa transporte passageiros entre uma cidade e outra, fazendo com que a livre-concorrência ofereça melhores serviços ao cidadão. Esse monopólio garantido por lei é uma das coisas mais perversas que existem num país especialmente perverso.

Mike Rogers no LewRockwell fez uma sátira a diversos contos de fadas utilizando preceitos do libertarismo americano. Ficou engraçadissímo. Vale uma lidinha em tudo. Aqui vai uma canja.

A História de Aladdin

Nossa história começa no deserto árabe aonde há uma linda princesa chamada Jasmine. Um dia ela encontra um jovem com que se deseja se casar.

O nome do jovem é Aladdin e apesar de apesar de mesmo ele trabalhar vendendo verduras no mercado ele é amarrado pelo exército americano e enviado para Abu Graib. Lá ele é torturado, eletroctado e espancado até ficar inconsciente. Sua família continua tentando, mas ainda não obteve nenhuma informação se ele está ou não vivo.