Contra o Consenso: Os novos feministas
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dimanche, avril 24, 2005

 

Os novos feministas

O movimento feminista começou lutando por causas justas: a equiparação de ganhos entre homens e mulheres, a igualdade política entre gêneros. Logo, logo a coisa desbandaria em histeria, com as coisas mais simples ganhando a pecha de machista ao passo que coisas mais sérias como o fato de um país como EUA não ter uma mulher governadora de um estado de renome ou ainda a violência feminina e o tráfico de mulheres sendo deixadas de lado. Logo, as próprias relações de trabalho seriam prejudicadas pelo medo de acusação de assédio sexual, casos bisonhos como feministas dando relatos falsos de estupro passariam a ocorrer. Não demoraria para além delas serem criticadas por conservadores seriam violentamente criticadas por nomes mais progressistas como Camille Paglia e Norman Mailler ou mesmo por feministas mais conservadoras como a Wendy Mcelroy.

O movimento de defesa dos animais começou com uma causa justa: a defesa de espécimes ameaçadas, o que seria um inestimável patrimônio da humanidade que poderia ser perdido. Atualmente, os grandes alvos da defesa dos grupos pró-bichos são as espécies mais difundidas mundo afora: o cão, o gato e os bovinos. São espécies oriundas do continente euro-asiático e que não raro seriam acusadas de causarem desequilíbrios amhientais ao serem introduzidas em vários locais(seriam estes os animais que seriam um fator chave na extinção do Dodô nas Ilhas Maurício). São espécies que estão bem longe da extinção.

O discurso que procura equiparar animais com seres humanos é de uma estupidez gigantesca. Ações como comer a carne de outros humanos, usar seres humanos como força de tração, comprar humanos de estimação ou ainda exibir humanos num zoológico são não só moralmente como legalmente condenáveis. Atualmente, a alimentação vegetariana 100% orgânica é absurdamente cara, o que tornaria inviável a abolição do consumo de carne(Nenhum médico recomenda a abolição de carne do cardápio).

O discurso assume no geral dimensões grotescas de histeria. Costuma-se dizer que a legislação brasileira não protege os bichos. Isso num país em que a morte ou captura de quaisquer espécie silvestre é proibida(O que é uma dor de cabeça para muitos administradores, que muitas vezes são obrigados a conviver com enxames de pombos, mesmo que estes ameacem a saúde dos transeuntes ou de um patrimônio histórico) ao passo que a pena máxima para qualquer assassino é de trinta anos.

O movimento pela defesa dos animais caminha para se tornar uma caricatura de si mesmo. Não só muitas de suas políticas defendidas podem ser inócuas ou até nocivas (substituição do couro de animais por materias sintéticos tende a ser altamente poluidora, a abolição da caça pode causar super-população de certas espécies) , numa defesa fervorosa de espécimes domésticas em detrimento da luta pela preservação de ecossistemas inteiros que sustentam várias espécies de sobrevivência rara, como pode-se cada vez mais atrair atenções negativas. E claro, ser uma ameaça à liberdade individual

P.S: Vale lembrar que Brigite Bardot, a grande defensora dos bichinhos, está longe de ser um bom modelo de moral, com seu racismo e xenofobia..