jeudi, avril 28, 2005
A RFFSA foi tarde
Este mês, o governo extinguiu por meio de uma medida provisória a antiga Rede Ferroviária Federal. Vários ferroviários se acorrentaram em protesto à medida, outros fizeram greve de fome. Tudo que posso dizer é que tanto a RFFSA quanto a FEPASA foram uma das faces mais monstruosas e nefastas do gigantismo estatal brasileiro(A RFFSA surgiu no governo Juscelino Kubitschek, que estava longe de privilegiar o transporte ferroviário). As duas estatais, que apartir da fundação da FEPASA em 1971 consolidariam um domínio da área ferroviária por parte do Estado que vinha desde 1961(Ano da estatização da última grande ferrovia ainda em mãos privadas, a Cia Paulista de Estradas de Ferro) até os anos 90 seriam donas de praticamente toda a malha ferroviária em território nacional. Em mais de vinte e cinco anos de FEPASA e cinquenta de RFFSA, o mínimo que se esperaria, que era a unificação das bitolas, não ocorreu. Muito menos a integração entre capitais. Viagens entre São Paulo e nordeste ou entre o Rio de Janeiro e o Sul exigiam troca de carros, vários transbordos e rotas longuissímas(Como passar por boa parte do oeste paulista para se chegar a Curitiba apartir da capital São Paulo). As duas estatais foram formadas apartir da união de várias ferrovias estatais, mas raramente havia integração. A centralização facilitou ainda mais a extinção de várias linhas, num governo militar em que a influência de empresários(inclusive do setor rodoviário de transportes) foram altissímas.
As retificações de linha efetuadas pelas estatais foram pouquissímas. Mesmo a manutenção e troca de material rodante era mínima.
O processo de privatização teve vários erros, como os gargalos burocráticos de uma rede que exigia muitas vezes o uso de linhas de outras redes para se chegar ao mar. A própria questão do transporte de passageiros, que geralmente exige subsídios, foi uma delas. De fato, muitas regiões de acesso mais remoto ficaram um tanto que isoladas com a supressão destes, viajar de um canto a outro ficaria bastante caro, seja pelos pedágios, seja pelos preços das passagens de ônibus. Mas a própria RFFSA e a FEPASA, com atrasos frequentes, baixa velocidade devido à não-manutenção da malha e a supressão de vários itens de conforto que levariam a este fim. Mesmo a venda de passagens era desorganizada e mal-feita. Claro, nada impediria Fernando Henrique de ter criado áreas de tráfego mútuo, ter feito uma estatal de transportes de passageiros(Que poderia auxiliar as concessionárias na reforma das linhas), entre outros fatores.
Mas, apesar do fim do tráfego de passageiros, a RFFSA não deixa saudades. As concessionárias privadas tem melhorado a velocidade das linhas e quantidade de cargas transportada. A FEPASA só deixa saudade pela incompetência grotesca da sua sucessora, a Ferroban.
As retificações de linha efetuadas pelas estatais foram pouquissímas. Mesmo a manutenção e troca de material rodante era mínima.
O processo de privatização teve vários erros, como os gargalos burocráticos de uma rede que exigia muitas vezes o uso de linhas de outras redes para se chegar ao mar. A própria questão do transporte de passageiros, que geralmente exige subsídios, foi uma delas. De fato, muitas regiões de acesso mais remoto ficaram um tanto que isoladas com a supressão destes, viajar de um canto a outro ficaria bastante caro, seja pelos pedágios, seja pelos preços das passagens de ônibus. Mas a própria RFFSA e a FEPASA, com atrasos frequentes, baixa velocidade devido à não-manutenção da malha e a supressão de vários itens de conforto que levariam a este fim. Mesmo a venda de passagens era desorganizada e mal-feita. Claro, nada impediria Fernando Henrique de ter criado áreas de tráfego mútuo, ter feito uma estatal de transportes de passageiros(Que poderia auxiliar as concessionárias na reforma das linhas), entre outros fatores.
Mas, apesar do fim do tráfego de passageiros, a RFFSA não deixa saudades. As concessionárias privadas tem melhorado a velocidade das linhas e quantidade de cargas transportada. A FEPASA só deixa saudade pela incompetência grotesca da sua sucessora, a Ferroban.