Contra o Consenso: Falando do Irã
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vendredi, mai 13, 2005

 

Falando do Irã

Harry Browne foi candidato a presidente dos EUA por duas vezes pelo Partido Libertário, em 1996 e 2000. Como Jello Biafra recusou o convite para ser candidato, Browne é junto com o Ralph Nader o cara mais legal a se prestar ao mico de concorrer à Casa Branca, como o seguinte texto do cara nos prova:

George Bush gosta de nos lembrar vezes e mais vez que uma bomba nuclear iraniana seria uma violação do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. Irã assinou o tratado e concordou em não desenvolver armas nucleares.
No entando, o tratado também pede que os países que detinham armas nuclears em 1970 - EUA, Grã-Bretanha, França, Russia e Chinca - que começassem a reduzir seus arsenais ou mesmo eventualmente que os eliminassem por completo. Ao menos para meu conhecimento, nenhum desses cinco países destruiu uma única arma nuclear. Então nós teremos que atacar a Grã-Bretanha, França, Rússia, China e os Estados Unidos também?

Nem Paquistão, India ou Israel assinaram o tratado e todos eles desenvolveram armas nucleares. Mas o governo americano está apenas intimidando o Irã, que pelos termos do tratado permitiu que inspetores internacionais fossem checar o que eles andam fazendo. E até agora, os inspetores não encontraram nada.

Como os Estados Unidos não só desonram o tratado ao não reduzir o seu arsenal, mas na verdade desenvolvendo novas armas nucleares, países sem tecnologia nuclear estão condenando o país por violá-lo ao passo que tentam impô-lo a outras nações.

George Bush responde a essas condenações dizendo que - adivinha - o onze de setembro muda tudo. Se lermos suas palavras literalmente, ele está dizendo que os EUA podem desenvolver novas armas nucleares e utilizá-las para matar terroristas. Mas isso certamente significaria a morte de uma quantidade enorme de civis inocentes.

Ninguém respondeu - ou, até agora, mesmo perguntou - a questão óbvia: por quê os Estados Unidos podem ter um arsenal bastante maior que de que qualquer outro país do mundo, mas o Irã não pode ter uma única bomba nuclear - especialmente quando Israel, Paquistão e Indía têm armas nucleares?

Mas, então, essa é a missão do noticiário na TV: fugir das questões óbvias.