Contra o Consenso: O petróleo não é essencial para a sobrevivência da humanidade
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mardi, mai 03, 2005

 

O petróleo não é essencial para a sobrevivência da humanidade

Uma das falácias mais repetidas atualmente é de que o petróleo seria um item essencial à sobrevivência da humanidade, como se o mundo fosse parar se as reservas naturais se extinguissem. Bobagem. A importância do petróleo é bem menor do que se pensa.

O grande fator pelo qual o petróleo é tão importante é que ele é um negocião para quem está envolvido nele. Os custos de extração de um barril de petróleo são variáveis, mas vão de três a oito dólares, podendo ser vendido a cinquenta dólares o barril. Quando se fala da gasolina refinada, ela chega a custar uns cinquenta centavos de dólar o litro nos EUA - isso porque ela é barata por lá. Não a toa, pela Fortune, a BP(Antiga British Petroleum) e Royal Dutch/Shell Group são as maiores corporações da Europa, e a Exxon Mobil seja a terceira maior dos EUA segundo a Forbes.

O fator mais legal do petróleo é a questão da concorrência. Mesmo o Wal-Mart enfrenta uma concorrência pesada- eles têm tido uma certa dificuldade para se estabelecer em mercados como o Brasil por exemplo. O mesmo vale até para a Microsoft. O ramo do petróleo é dominado por um cartel de países produtores - a OPEP- e por um cartel de empresas, não oficial. O custo de abertura de poços e plataformas costuma ser tão caro e exigir mão de obra tão especializada que poucas empresas podem bancar a brincadeira.

Isso que acaba justificando tantas guerras e combates por causa do petróleo. O dinheiro que está envolvido nisso, não a sua necessidade. Mesmo que todo petróleo do mundo acabasse hoje, já existiriam bons substitutos para a maioria dos seus derivados - em vários casos, como do plástico, substitutível por fibras vegetais - inclusive de forma mais eficiente.

A imagem do petróleo em falta mundo afora é falsa. Alguns anos atrás, a OPEP teve que se movimentar porque o preço do barril estava excessivamente baixo - eles tiveram dificuldade em aumentar o preço. Stephen Shalom cita neste artigo um estudo de Maj. Gen. Edward B. Atkeson, antigo analista da CIA, de 1987, pelo qual ele fala que, num caso de que TODAS as importações de petróleo do Oriente Médio fossem cortadas, apenas o fim da direção recreativa - que representa dentro dos EUA 10% do consumo- seria o suficiente para que as necessidades do Ocidente fossem satisfeitas com outras fontes.

O petróleo é o símbolo da civilização do desperdício. O carro talvez seja o meio de transporte com pior benefício de custo por carga transportada - isso em meios convencionais, não com carros desnecessariamente potentes cada vez mais populares nos EUA. Considerando o estresse, a poluição do ar e sonora, além de questões econômicas, como o preço da manutenção das vias, a ocupação do espaço(A poluição dos carros obriga a população a morar longe dos grandes centros urbanos), os acidentes, entre vários outros fatores, a substituição do carro pela bicicleta, pelo andar a pé e por trens, entre outros meios não necessariamente dependentes de petróleo seria amplamente vantajosa. O plástico, que poderia ser reciclado em maior escala, é o maior símbolo do descartável, do lixo, do desperdicio.

Então, a imagem do petróleo como sustentação da humanidade, com árabes malvados controlando o mundo através dele, é falsa.