Contra o Consenso: A Paulista é de todos
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mardi, mai 31, 2005

 

A Paulista é de todos


Avenida Pedro Alvares Cabral,

em frente do Parque do Ibirapuera,

com o infame Complexo de viadutos oão Jorge

Saad, o Cebolinha, ao fundo
Originally uploaded by Andre Kenji.

A região do Ibirapuera, que deveria ser um cartão postal para São Paulo, virou uma espécie de rotatória gigante. Há um gigantesco conjunto de avenidas, altamente poluidoras, com direito à mais uma aberração arquitetônica made in Paulo Maluf(O complexos de viadutos oão Jorge Saad, tal Cebolinha). A presença humana é praticamente impossível, tamanho o barulho da cidade.

O carro e trâfego se tornou há décadas o Deus da cidade. Por exemplo, não se usa mais o método de trincheira(Em que se escava um buraco, que é coberto com uma estrutura de concreto) para se criar obras subterrâneas. Só se usa o método de escavações mecânicas subterrâneas(Tatuzão) para não prejudicar o trânsito. Só que esse método é muito mais caro, o que prejudica inclusive o andamento das obras no metrô.

Agora, o prefeito José Serra quer colocar as manifestações públicas da Avenida Paulista no sambódromo, como a Parada Gay, a festa do Dia Primeiro de Maio ou mesmo de evangélicos. Eu acho a idéia um absurdo.

A Avenida Paulista é um natural ponto de encontro de São Paulo, um cartão postal da cidade, queira ou não. O tráfego pesado da avenida já é um empecilho e tanto para o uso dela como ponto de encontro comercial, turístico ou cultural. De domingo e feriados o tráfego na avenida é tão, mas tão pequeno que pode facilmente ser absorvido pela Alameda Franca e outras alamedas dos Jardins. Além do mais, além do sambódromo não ter nem um décimo do charme da Paulista é um local de muito dificil acesso à maior parte da população. Não, não é a mesma coisa. São Paulo não pode perder essas manifestações populares somente para agradar o "tráfego", o mesmo monstro que pauteia todas as decisões urbanas da cidade.

Pensemos por uma vez nas pessoas, não no carro.