Contra o Consenso: A USP e as bicicletas
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vendredi, mai 20, 2005

 

A USP e as bicicletas


Pista de Cooper na Cidade Universitária da USP
Continua a briga entre a USP e os ciclistas, agora com a morte de dois atletas em vias de alta velocidade( Amandio Pereira Fernandes Bacalhau, 71, no acesso ao Rodoanel em Perus, e Luís Fernando Costa Rosa, 40, no Km 33 da Bandeirantes, em Caieiras). Os atletas acusam a USP, que proibiu o uso de bicicletas na via para não-estudantes e funcionários, pelos acidentes.

O que não deixa de ser interessante. A maioria das cidades com universidades nos EUA são conhecidas pela quantidade de bicicletas, justamente por causa dos estudantesconhecidas pela quantidade de bicicletas, justamente por causa dos estudantes. A região do entorno da USP é conhecida pelo seu trânsito caótico, com um forte trânsito de carros de estudantes. Afinal, sem terem que pagar pela faculdade, fica fácil comprar carro, não fica? A USP deveria estar repleta de bicicletas, não de carros. Não vejo sentido, ainda mais que muitos pobres usam a bicicleta para se locomover. Ao contrário de muitas estações de trem(como as que servem a região de Itapevi, Barueri, Carapicuíba, bastante pobres), não há estacionamentos na entrada da dita para os ciclista deixarem suas bicicletas(Pobre não estuda lá, mas usa vários serviços)..

Pessoalmente, acho estranha a política de movimentação dentro da universidade. Ela poderia ganhar um bom dinheiro cobrando pelo uso dos estacionamentos, que poderiam ser uma boa fonte de dinheiro. Ou mesmo cobrar pedágio de quem entra de carro. As ruas da Cidade Universitária deveriam estar repletas de bicicletas, não de carros.

Acho uma das piores coisas de São Paulo o fato de boa parte da cidade ter sido projetada para os carros, não para as pessoas. Não vejo sentido a USP seguir esse caminho.

A USP não fica no meio do mato, mas numa das regiões mais povoadas de São Paulo, entre distritos como Pinheiros, Morumbi, Butantã, Rio Pequeno, Jaguaré, Alto de Pinheiros, Vila Leopoldina e Itaim-Bibi. Não vejo sentido que aqueles que sustentam a universidade com seu ICMS não possam usufruir desta importante área verde.

Também acho interessante a exigência de liberdade por parte das universidades e universitários. A maioria não quer a polícia entrando nos campi, quer que permita que se fume maconha e use drogas, quer liberdade para escolher o reitor, quer liberdade para isso, para aquilo. Só não querem liberdade financeira, uma vez que exigem que o Estado continue financiando os estudos da fatia mais rica da população.

E bem, a única coisa pública na USP é justamente seu financiamento.