Contra o Consenso: Bin Laden e a bruxa da Branca de Neve
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lundi, juillet 25, 2005

 

Bin Laden e a bruxa da Branca de Neve

Todo mundo reclama da violência dos quadrinhos e desenhos animados, mas há um efeito bem pior. No mundo dos desenhos animados e dos quadrinhos, bem, a relação entre bem e mal é simplória, maniqueísta. A Madrasta da Branca de Neve arma uma conspiração para matar a dita porque esta seria mais bonita que ela. Poucos roteiristas do Super-Homem conseguem explicar por quê o Lex Luthor perde tanto tempo tentando ferrar o herói de cueca para fora. Temos basicamente personagens maus que são maus por quê, bem, o são. Claro, ninguém em sã consciência espera uma análise psicológica num gibi ou num desenho animado. São bem, produções culturais para crianças. O problema ocorre quando as crianças crescem e acham que esses vilões de desenhos-animados existem. Não na figura da Madrasta, mas de pessoas em carne e osso como Saddam Hussein, Adolf Hitler ou de Osama Bin Laden.

Incrível como as pessoas tendem a acreditar que os terroristas explodem a si próprios por quê alguém lhes contou que encontrariam sessenta e quatro virgens quando fossem ao céu. Ou, que tudo foi obra de uma corrente maligna do Islã. Como Tolstói escreveu em Guerra & Paz, como se os franceses fossem se matar uns aos outros após lerem o "O Contrato Social".

Ou mesmo Adolf Hitler, que é tratado como uma espécie de reencarnação germânica do Darth Vader ou alguma coisa do gênero. Alguns muitos chegam a conjurar a hipótese de quê Hitler tivesse lançado o maior conflito da História Moderna por problemas de infância. Assim, pura e simplesmente, como se ele fosse simplesmente um louco e como se não houvesse em mão interesses como

A maioria dos grandes assassinos e líderes terroristas, que as pessoas tendem a enxergar como meros louocs, são na verdade pessoas inteligentes, ótimas oradoras e com uma linha de racícionio bastante coerente e equilibrada. Hitler, se fosse o louco que a maioria das pessoas tende a enxergar, terminaria seus dias num hospício. Ninguém segue as ordens de um louco. O mal se encontra envolto sempre num discurso absurdamente racional.

Claro, nem Bin Laden, nem Stálin nem Hitler eram bonzinhos. Eram terroristas, ditadores genocidas. Mas também não eram doidos varridos.

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Até por quê, claro, não existem bonzinhos quando se fala de guerra ou Estado. A Segunda Guerra Mundial é vista como uma espécia de luta entre o bem e o mal, como se do lado dos bonzinhos não tivessemos tido Stálin, Franklin Delano Roosevelt(Que prendeu americanos de origem japonesa e germânica em campos de concentração) e Winston Churchill, que devastaria a Alemanha.