Engraçado como todo mundo fala em corrupção, como se o mensalão fosse a única coisa do gênero do país. A molecada assiste à TV Senado e quer posar de intelectual e antenada. A coisa é bem mais profunda que isso.

Não é preciso ser gênio(Nem engenheiro) para perceber que boa parte das obras orçadas país afora são orçadas por preços irreais, como se uma hidrelétrica ou auto-estrada fossem as coisas mais baratas do mundo. Depois de prontas, claro, custam três ou quatro vezes mais. Fica difícil acreditar numa licitação feita nesses moldes. E os políticos que exigiam o cumprimento dos contratos de licitação, como Prestes Maia e o Brigadeiro Faria Lima, ficariam até famosos e conhecidos por isso.

Não é preciso ter memória de elefante para se lembrar de coisas escabrosas envolvendo um partido importante. Muitos dos cretinos que estão falando em "Alckmin Presidente" poderiam nos explicar, por exemplo, a coincidência que é a Tejofran, de Antônio Dias Felipe, amigo pessoal de Mário Covas, ter vários contratos de serviços em estatais do governo de São Paulo(Como a segurança e limpeza dos trens do Metrô e da CPTM, os pedágios das rodoviasa administradas pela Dersa, uma participação na ViaNorte, que administra parte da malha rodoviária no norte do Estado). Ou ainda que Gabriel Chalita, secretário da Educação de São Paulo, inunde as escolas e prédios com frases dele próprio?(Eu já vi a direção de uma escola sendo chamada com urgência à uma delegacia de ensino para pegar uma faixa gigantesca com uma frase do secretário em homenagem ao dia das mães).

Claro, isso não justifica caixa dois de campanha eleitoral. Mas um pouco menos de hipocrisia não faz mal à ninguém.