Contra o Consenso: Estraçalhar o Irã?
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lundi, août 01, 2005

 

Estraçalhar o Irã?

Segundo Philip Giraldi, que já trabalhou na CIA e é um respeitado analista militar:

"O Pentágono, sob as instruções do gabinete do Vice-Presidente Dick , encarregou o Comando Estratégico dos Estados Unidos(STRATCOM) para planejar um plano de contigência a ser empregado em resposta a outro ataque do tipo do onze de setembro nos Estados Unidos. O plano inclui um ataque aéreo em larga escala contra o Irã, empregando tanto armamento convencional quanto armas nucleares. A resposta não estaria condicionada ao fato do Irã estar de fato envolvido em atos de terrorismo".


Tanto o Antiwar.com quanto a American Conservative publicaram o fato com algum destaque. O plano, em si, é tão anti-constitucional, tão ilegal, tão imoral e tão idiota(Mesmo para os padrões os assessores de Bush) que é dificil acreditar. Outro ponto chato é que os americanos não tem tropas suficientes para atacar e ocupar três países ao mesmo tempo(O que explicaria o farto uso de bombas e ataques aéreos nesse plano).

Eu, pessoalmente, acho até normal que o Irã busque armas nucleares. Claro, eu acho que investimentos pesados em armamentos são imorais e irresponsáveis(Até aí, não há exemplo pior que os EUA, com suas mais de dez mil ogivas nucleares), mas, por outro lado, defesas eficientes parecem ser cada mais importantes naquela região. Os iranianos não parecem ter um programa de mísseis. A sociedade iraniana é relativamente bem educada, e a médio prazo um governo laico no país me parece algo bastante plausível.

Claro, há aqueles que citam uma possível troca do padrão dólar pelo padrão euro no país. Embora, na prática, o que está em jogo não é uma possível guerra nuclear, mas sim que o Irã com armas nucleares alteraria completamente o jogo político da região. Israel não teria uma postura tão superior aos seus vizinhos(Não foi a toa que o país bombardeou as instalações nucleares de Osirak, no Iraque, em 1981), nem os Estados Unidos poderiam assumir um discurso tão agressivo contra outros países da região.