Contra o Consenso: O PETA é caso de polícia ou de tratamento psiquiátrico?
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mardi, août 16, 2005

 

O PETA é caso de polícia ou de tratamento psiquiátrico?

É dificil saber o que rola na cabeça do pessoal do PETA. Agora, a idéia dos caras é, comparar a escravidão negra com a vida de animais domésticos, numa exposição fotográfica que percorre os Estados Unidos. Isso meses depois da infame campanha "Holocausto no seu prato". Claro, a quadrilha de Ingrid Newkirk na melhor das hipóteses deveria internada em algum hospital psiquiátrico(Na pior das hipóteses, cadeia mesmo), mas não sei o que leva os caras a ofender dois grupos étnicos- negros e judeus- que são potencialmente a principal base de qualquer movimento social. Ou mesmo os simpatizantes dessas etnias(Esperem pela campanha comparando a situação dos palestinos, iraquianos ou das vítimas do maremoto na Asia com a desses animais).

O PETA não vêm somente sendo criticado pelos conservadores e liberais, mas também por boa parte da esquerda. Tim Wise, na Counterpunch(Talvez uma das maiores revistas de esquerda dos Estados Unidos) falando sobre a infame exposição que compara animais de fazenda com escravos negros:

Apesar de eu ter há muito tempo apoiado a grande maioria dos objetivos estabelecidos pelo movimento de direitos de animais, eu tenho que admitir que, pessoalmente, os ativistas de animais que eu encontrei pessoalmente quase nunca deixavam de ser cretinos insuportáveis.
(...)

Primeiro, havia a ativista em defesa dos direitos dos animais na minha faculdade, que no auge da nossa luta para conseguir boicote de companias que apoiavam o apartheid na Africa do Sul, disse que "todo dia era dia de apartheid" para galinhas, e que a escola deveria era parar de vender carne.
(...)

Bem, o que outra coisa coisa que um ódio profundo pela humanidade(Ou uma incompentência tão profunda que pertuba a mente) levaria alguém a dizer, como disse Ingrid Newkirk, diretora do PETA, que ela se opõe a se ter filhos por quê "ter um bebê humano de raça é como ter um cão de raça, nada mais que futilidade, futilidade humana..."

Muito bem, Ingrid: por quê não deliberadamente hostiliza cada pais no mundo, e por isso, qualquer um que seja filho de alguém(dica: isso significa todo mundo), isso porque ainda encontrarei pessoas que gostam quando lhe dizem que elas foram criadas para a futilidade como algum Bichon Frise do Westminster Kennel Club.

E oh, como nós não nos preocupamos com quantas pessoas nós ofendemos, uma vez, que apesar de tudo, "seres humanos são cruéis", nas palavras da própria Newkirk(Uma verdadeira para tipicamente monodimensional caracterização), vamos ir até as últimas consequências e lançar uma exposição fotográfica intitulada "São os animais os novos escravos" em que compara a pecuária industrial com o linchamento de negros. Isso, logo depois do esforço publicitário anterior: a notória campanha "Holoausto no seu prato=, em que meses atrás comparava a crueldade contra animais de fazenda com o extermínio de milhões de judeus, romenos e outros pelas mãos dos nazistas.

Esse tipo de absurdo poderia ser parte de um bom bloco no Daily Show, se não fosse tragicamente sério. O legitimo objetivo de acabar o imenso horror da pecuária industrial- horror que deveria se restringir a si próprio como uma crueldade inaceitável, exigindo ação imediata- é comparada dois holocaustos distintos, assegurando que qualquer um que veja a analogia conclua que o PETA é totalmente insenssível, ou pior, um bando de lunáticos: mas bem, nenhuma ofensa era para ofender, a propósito.

A exposição "Novos Escravos", atualmente percorrendo 42 cidades em um período de dez semanas, atraiu raiva, compreensívelmente, dos afro-americanos. E claro, os representantes do na sua maior parte branco, classe médio e bem de vida esteblishment de defesa dos animais não entendeu da onde surge tanto descontentamento.

Para Dawn Carr, diretora de projetos especiais do PETA, que admitiu que muitas pessoas estavam descontentes com o grupo comparando "negros com animais", mas quê, em defesa do grupo nega que não é isso que eles estão fazendo, porque a exposição também compara a pecuária industrial com outras injustiças, como "a negação do direito à vota para as mulheres e o uso de trabalho infantil". Ou seja, negros, naõ se preocupem: vocês não são os únicos que estão sendo comparados a animais!"
(...)
E enquanto todas as pessoas sãs vêem um problema em, digo, beijar na boca uma criança de três anos, Ingrid Newkirk recentemente sugeriu uqe não haviada errado em beijar seu cão na boca, desde de que ele estivesse parecendo gostar, então, tire suas próprias conclusões."

(...)

Que o PETA não consegue entender o que significa para um negro ser comparado com um animal, dado o histórico de pensamento exatamente nesses termos, não é o mais chocante. Afinal de contas, o movimento é talvez o mais branco de todos os movimentos progressistas ou radical do planeta, pelo privilégio que alguém deve ter para se focar nos direitos dos animais ao invés de, por exemplo, sobreviver da própria opressão institucional.

Talvez se os liberacionistas animais não fossem predominantemente brancos e de classe média e fossem removidos da realidade da supremacia branca, eles pudessem encontrar mais simpatia pelas pessoas de cor que corretamente os execraram pelo seu mais recente sacrilégio.

Talvez se os ativistas do PETA demonstrassem algum compromisso em combater o racismo e crueldade que os humanos encaram a cada dia, eles poderiam encontrar mais simpatia por aqueles que compreensivelmente, pelas suas próprias vidas, vêem o ativismo pelos direitos dos animais como um equivalente a dançar e cantar enquanto Roma pega fogo, ao invés de uma luta por mais compaixão, acima de tudo.

Mas então, novamente, se o movimento de direitos de animais não fosse tão branco e rico, jamais pensaria em analogias obivamente tão ofensivas em primeiro lugar.