Contra o Consenso: Os fanáticos árabes
Google
 

samedi, août 06, 2005

 

Os fanáticos árabes

Uma das idéias que tentam passar à nós, pobres ocidentais, é que os árabes são todos fanáticos religiosos, seguindo rigorosamente o Alcorão, o que explicaria o ódio destes pelos cristãos, pelos judeus, pelas mulheres e por sei lá o quê.

O que eu não consigo entender é que, bem, eu ligo a TV naquele canal árabe, o ART, e eu dificilmente vejo uma mulher com véu, aquele gracioso véu que encobre a cabeça das mulheres muçulmanas(Aliás, até a Virgem Maria usa um véu, que é maravilhoso, em especial nas pinturas de Rafaello Sânzio). Com a burkha, aquela roupa que encobre todo corpo da mulher, eu nunca vi.

A libanesa Diana Haddad(vista ao lado), por exemplo, é uma das cantoras árabes mais populares da atualidade. Em boa parte dos seus video-clipes não se vê uma mulher de burkha dançando e cantando, mas sim uma mulher atraente, cercada de jovens atraentes. As mulheres aparecem sem praticamente nada nos cabelos, e os homens aparecem sem barba. Não me consta que ela seja perseguida ou ameaçada de morte, assim como boa parte das cantoras árebes que cantam com uma pose bastante sensual.

Há até esse site aonde encontramos várias celebridades árabes em poses bastante sensuais. Na verdade, tanto muçulmanos praticantes quanto cristãos praticantes tem uma reclamação em comum, e com bastante fundamentação na realidade: de que aqueles que se dizem cristãos ou muçulmanos o são somente em nome e que estes jogam pelo lixo os preceitos da Bíblia e do Alcorão com bastante facilidade, abandonando igrejas e mesquitas, jogando-se à hábitos prosmíscuos.

O fato de mesmo em muitos países ocidentais haverem leis absurdamente machistas, ou que poucos países do G-8 tenham tido uma Chefe de Estado mulher(constrastando com Benazir Bhutto, Tansu Ciller entre várias outras mulheres que chefiaram países de maioria muçulmana) é irrelevante. Ou mesmo da péssima condição feminina em muitos países de maioria católica, como na América Latina, também. É tudo culpa do Alcorão.

Então, o uso distorcido do Alcorão e do islamismo em geral para justificar quaisquer possível conflito entre árabes e "ocidentais" é fantasioso, para se dizer o minimo. E sim, vale lembrar que o preconceito nunca se escondeu dentro do ódio puro, mas numa base fantasiosamente racional: os Protocolos dos Sábios de Sião, base do anti-judaísmo moderno, é um livro dos mais elabarados. Ou mesmo as teorias "cientifícas", baseadas em estudos, para comprovar a inferioridade dos negros.

Afinal, vale lembrar que os anti-semitas fazem uso ostensivo de citações do Talmud, assim como aqueles que acusam os muçulmanos de fanáticos, terroristas e odiadores fazem do Alcorão.