Contra o Consenso: Propaganda eleitoral
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vendredi, août 19, 2005

 

Propaganda eleitoral

Muito se têm falado em financiamento público de campanhas. Fica a questão: seria isso necessário, ou as campanhas que não ficaram grandes demais? Quem gosta de fotografia sabe como é um inferno fotografar cidades em ano eleitoral. É dificil tirar uma fotografia de um lugar sem milhões de cartazes, santinhos e outdoors de político, em qualquer canto do país. Haja sujeira, que aliás, custa uma fortuna. Até por quê, quem financia tudo isso, no caso, os empresários, não o fazem de graça.

E pior, poucas coisas são menos produtivas que essas campanhas. Que proposta ou idéia um cartaz passa com uma foto do candidato, e um monte de números? Sim, eu sei como é a cara do candidato, mas e daí? Ou mesmo quando rolam propostas, uma mais furada que a outra? Por exemplo, em São Paulo dois candidatos(Marta Suplicy e José Serra) prometeram a furadissíma proposta de integração do bilhete único com o metrô. É óbvio e ululante que uma proposta assim é inviável financeiramente e que o metrô nunca aguentaria tanta gente, mas mesmo assim isso foi um dos centros do debate dentro da última eleição.

Ao meu ver, a solução seria a diminuição dessas campanhas. O horário eleitoral poderia-se limitar a uma apresentação do próprio candidato, sem musiquinhas, outros apresentadores ou material de rua(como já foi testado). Boa parte do material de campanha de rua, como outdoors e cartazes, poderiam ser cortados. Creio que, sem a obrigatoriedade do voto, somente aqueles que já conhecessem os candidatos iriam votar.

Ano eleitoral deveria significar deixar de ser ano de sujeira. Seja nos financiamentos, seja nas ruas.