Contra o Consenso: Ferrovias
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jeudi, septembre 15, 2005

 

Ferrovias

Duas possíveis obras ferroviárias que surgiram no post sobre o Rodoanel são um ramal ferroviário ligando o Vale do Paraíba a São Sebastião e o TGV São Paulo e Rio.

Tiago, o ramal ferroviário entre o Vale do Paraíba e São Sebastião seria bastante interessante porque possibitaria que as cargas vindas da região de São José dos Campos pudessem ser embarcadas de forma mais racional, sem depender de Sepetiba ou de Santos(Em ambos os casos, fazendo viagens longas, utilizando mais de um ramal ferroviário). Caso houvesse, junto à isso, um ramal ferroviário ligando a estação de Boa Vista, em Campinas, à região de São José dos Campos, meu chute é que tanto a soja que é vinda do Centro-Oeste pela Ferronorte quando aquela vinda do Porto fluvial de Pederneiras poderiam ser exportadas por São Sebastião. Mas, claro, é um chutão, já que ninguém discutiu à sério essa idéia e muito menos existem estudos sobre o assunto.

De qualquer forma, infelizmente, parece estar fora de cogitação.

Francisco, o principal problema é que tanto os estados quanto às cidades de São Paulo e Rio de Janeiro têm problemas sério de locomoção para sequer pensar num TGV. È talvez o tipo de obra viaria mais criticada que existe, junto com o Maglev ou freeways demasiadamente sofisticadas. É uma obra cara, cujo os custos do quilômetro construído rivalizam com o metrô, e tanto em Portugal quanto na África do Sul os projetos desse gênero têm atraído fortes críticas. Some-se a isso o trecho de Serra entre a Barra do Piraí e o Rio de Janeiro, ou mesmo a alta densidade habitacional na região do Vale do Paraíba paulista, e você tem custos absurdamente altos.

Ao meu ver, antes de se pensar em TGV, o país precisaria pensar em estabelecer um sistema próximo ao da AMTRAK americana ou mesmo o utilizado na Rússia. Ou seja, trens confortáveis, numa velocidade média entre 60 a 150 km por hora, entre as principais cidades, talvez usando parte da malha atual. O sistema americano, que não teve grandes progressos desde dos anos 60, é alvo de bastante críticas. Mas, de qualquer forma, seria um grande progresso. Seria uma opção extremamente razoável para viagens longas, mais que apenas um corredor em padrão TGV servindo duas cidades.