Contra o Consenso: Um viva aos ônibus fretados
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samedi, septembre 24, 2005

 

Um viva aos ônibus fretados

Por alguma razão, escolheram como vilão do trânsito das grandes cidades justamente aquela que é a melhor solução surgida nos últimos anos: os ônibus fretados. Num país em que transporte público é sinônimo de monopólio forçado pelo Estado(Alguma ARTESP ou ANTT da vida decide as linhas, as dá de presente para alguma empresa, quase sempre sem concorrência. Se o serviço estiver ruim ou for visto como caro e algum bravo empreendedor decidir oferecer uma alternativa será preso e terá seu meio de trabalho apreendido), os ônibus fretados são uma solução maravilhosa. Ao invés de esperarem alguma ação por parte do Estado, as próprias pessoas e empresas surgem com uma solução prática e barata para deixar o carro em casa.

Há desde de piadas vindas dos maiores vilões do trânsito das grandes cidades(As pessoas que viajam diariamente de carro sozinhas), com coisas do tipo que ônibus fretados são ônibus que dirigem como carros à restrições para a movimentação de carros em algumas áreas(Caso de Jundiaí,em São Paulo). Tomemos um trecho dessa entrevista com Jurandir Fernandes, secretário de Transportes Metropolitanos, do Estado de São Paulo:

"Hoje são mais de 150 ônibus fretados que saem diariamente de Campinas para São Paulo. O usuário pega esse ônibus fretado e gasta R$ 8 por dia. Não há trem que subsista com esse valor. Só que vai chegar o momento em que os fretados enfrentarão grande dificuldade para entrar em São Paulo e a legislação de São Paulo, até por sobrevivência, vai começar a causar impedância para esse tipo de circulação. É importante lutar desde já por um sistema mais evoluído."

O que ele esquece de dizer é que a necessidade desse sistema "pouco evoluído" só surgiu por incompentência estatal. E que, vale frisar, o sistema de fretados só atingiu essa proporção por culpa do governo. Os ônibus fretados, ao invés de serem vistos como causadores de problemas de trânsito, deveriam ser reconhecidos como parte da solução. Antes um ônibus fretado na rua que quarenta carros.